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Paisagem com a Queda de Ícaro

Pieter Bruegel o Velho

Paisagem com a Queda de Ícaro

Pieter Bruegel o Velho
  • Título Original: De val van Icarus
  • Data: c.1560
  • Estilo: Renascimento nórdico
  • Período: Antwerp Period (1554-1562)
  • Género: pintura mitológica
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 73,5 x 112 cm
  • Ordem Paisagem com a Queda de Ícaro Reprodução da pintura a óleo
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    da pintura a óleo

A Paisagem com a Queda de Ícaro (em neerlandês: De val van Icarus), foi uma pintura a óleo sobre madeira do mestre flamengo da Renascença Pieter Bruegel, de 1565.

A obra existente nos Museus Reais de Belas-Artes da Bélgica em Bruxelas é uma pintura a óleo sobre tela (de 73,5 x 112 cm) e durante muito tempo considerou-se ser obra do próprio Pieter Bruegel, mas após vários exames efectuados ao quadro concluiu-se que se trata de uma boa cópia da obra original Bruegel que se perdeu, tendo esta cópia sido pintada por volta de 1560 por artista desconhecido, mantendo-se porém a dúvida sobre a autoria da obra.

A obra parece tratar o episódio da mitologia grega de Ícaro que na tentativa de fugir de Creta voando, viu frustrada a tentativa ao cair no mar, afogando-se na parte agora conhecida como mar Icário. Mas o compositor Brian Ferneyhough, que se inspirou na pintura para uma sua peça de música, comenta:

Na mitologia grega, Ícaro conseguiu voar com asas feitas pelo seu pai, Dédalo, que fez asas para ambos com penas coladas com cera de abelhas. Ignorando os avisos do pai, Ícaro decidiu voar demasiado alto, "perto do sol", o que levou a que a cera derretesse e, com as asas destruidas, caiu no mar e morreu afogado.

As pernas de Ícaro a afogar-se podem ser vistas na água um pouco para cá da grande nau, mas o sol já vai a caminho do ocaso, muito longe portanto de Ícaro, pelo que o vôo deste nem chegou "perto do Sol". Dédalo, por sua vez, não aparece no quadro, embora apareça, ainda voando, numa outra cópia de menor valia existente do Museu van Buuren (em Outras versões). A perspectiva da nau e das figuras não é inteiramente consistente, embora isso possa reforçar a força do conjunto.

A pintura existente nos Museus Reais é provavelmente uma cópia de um original perdido de Bruegel, sendo da década de 1560 ou de pouco depois. É uma pintura a óleo enquanto que outras pinturas de Bruegel sobre tela são a têmpera, sendo desconhecida até que foi adquirida pelo Museu em 1912.

O lavrador, o pastor e o pescador são mencionados no texto de Ovídio sobre a lenda: "estão atónitos e julgam estar a ver deuses a aproximarem-se através do éter", o que não é propriamente a impressão dada pela pintura. O pastor olha para o ar, de costas para a nau, deduzindo-se que na obra original haveria, provavelmente, também a figura de Dédalo no céu no lado esquerdo, para onde o pastor olha. Mas o lavrador, sendo a figura de maior destaque, parece corporizar um provérbio flamengo, do tipo referido noutras obras de Bruegel, que diz, "E o agricultor continuou a lavrar ..." (En de Boer ... hij ploegde voort "), e transmitir a ideia principal da pintura que é a censura da indiferença das pessoas ao sofrimento dos seus semelhantes. A pintura pode assim, como sugere o poema de W. H. Auden, retratar a indiferença da humanidade ao sofrimento alheio, destacando os acontecimentos comuns que continuam a decorrer, apesar da morte desprezada de Ícaro.

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