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Retrato do Conde-Duque de Olivares

Diego Velázquez

Retrato do Conde-Duque de Olivares

Diego Velázquez
  • Data: 1624
  • Estilo: Barroco
  • Género: portrait
  • Materiais: oil, canvas
  • Dimensões: 203 x 106 cm
  • Ordem Diego Velázquez Reprodução da pintura a óleo
    Pedir reprodução
    da pintura a óleo

O Retrato do Conde-Duque de Olivares é um retrato a óleo sobre tela do mestre do barroco espanhol Diego Velázquez. Trata-se de uma obra de juventude do pintor e é o primeiro de uma série de ao menos cinco telas atribuídas a Velázquez retratando Gaspar de Gusmão, o conde-duque de Olivares, ministro e embaixador do rei Filipe II de Espanha. Conserva-se o recibo original de encomenda da obra, assinado pelo artista em 1624.

Chama a atenção no suntuoso retrato a disparidade entre o tamanho excecionalmente pequeno da cabeça do duque e a dilatada forma romboide que seu corpo descreve - certamente uma manipulação estrutural com o objetivo de transferir o foco da fisionomia para a figura do conde-duque como um "objeto de poder", mais do que como expressão de uma individualidade. Por muito tempo, acreditou-se que esta obra fosse uma cópia do retrato original de Velázquez, supostamente perdido em um incêndio ocorrido em 1734. A despeito dessa hipótese, o retrato foi adquirido pelo Museu de Arte de São Paulo em 1948, mas sua atribuição permaneceu controversa por vários anos.

A reinclusão do retrato no corpus de obras seguras de Velázquez deve-se a Pietro Maria Bardi. Convencido quanto à autoria do mestre espanhol, o ex-diretor do MASP viajou inúmeras vezes à Espanha para realizar pesquisas. Uma limpeza realizada em 1962, retirando uma espessa camada de verniz que cobria a obra, permitiu a plena visualização da capa pictórica original, dirimindo as dúvidas que ainda restavam. A atribuição da obra a Velázquez é hoje praticamente consensual.

Gaspar de Guzmán y Pimentel foi um importante estadista a serviço da coroa espanhola na primeira metade do século XVII. Nascido em Roma, em 1587, filho do embaixador espanhol Enrique de Guzmán e da nobre castelhana María Pimentel Fonseca, foi encaminhado muito cedo à formação eclesiástica, obtendo já em 1604 o grau acadêmico em Direito, Teologia e Artes, pela Universidade de Salamanca. Com a morte do pai em 1607, torna-se herdeiro de uma das maiores fortunas da Espanha, e abandona a carreira de cônego à qual se dedicava em Sevilha.

Favorito do rei Filipe IV, coroado em 1621 aos 16 anos de idade, Gaspar torna-se primeiro-ministro em 1623, exercendo paralelamente as funções de grão-camerlengo e chanceler das Índias. Foi também conde de Olivares, duque de Sanlúcar la Mayor e comendador no Conselho de Estado e Guerra, acumulando ainda os títulos de "Cavallerizo Mayor del Rey Nuestro Señor" e de cavaleiro da Ordem de Calatrava - este último, obtido aos cinco anos de idade, mas ao qual teve de renunciar em 1624, por incompatibilidade com a comenda da Ordem de Alcântara, que lhe foi outorgada nesse mesmo ano.

Durante o vintênio compreendido entre 1623 e 1643, é o conde-duque de Olivares que exercerá o controle efetivo sobre o Estado espanhol. A notória rivalidade com o cardeal de Richelieu o motivou a lançar a Espanha na Guerra dos Trinta Anos, e em conflitos paralelos com a Itália e com os Países Baixos. O desgaste causado pelos conflitos, o declínio da indústria e do comércio, em razão do esgotamento relativo dos recursos das colônias espanholas, e a restauração da coroa portuguesa, em 1640, desacreditaram sua gestão. Destituído do cargo, exilou-se no norte da Espanha e passou seus últimos anos submetido às investigações da Inquisição, até seu falecimento, em 1645.

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